Olá, gente. Hoje é a minha primeira resenha literária aqui no blog vai ser de um livro que li há pouco tempo em apenas 2 dias, isso mesmo! Não imaginei que fosse gostar tanto. Ele é um amorzinho. A Garota que eu Quero fecha a Trilogia dos Irmãos Wolfe, formada por livros originalmente publicados entre 1999 e 2001, quando a carreira do australiano Markus Zusak ainda estava no início. Irmão de série de O Azarão e Bom de Briga, seus antecessores publicados no país pela Bertrand Brasil, o livro veio pouco antes dos grandes sucessos de Markus: Eu sou o Mensageiro e A menina que roubava Livros, ambos, bem como ele, publicados pela Intrínseca.
Sinopse: O Rube nunca amou nenhuma delas. Nunca se importou com elas. Nem é preciso dizer que Rube e eu não somos muito parecidos em matéria de mulher. Cameron Wolfe é o caçula de três irmãos, e o mais quieto da família. Não é nada parecido com Steve, o irmão mais velho e astro do futebol, nem com Rube, o do meio, cheio de charme e coragem e que a cada semana está com uma garota nova. Cameron daria tudo para se aproximar de uma garota daquelas, para amá-la e tratá-la bem, e gosta especialmente da mais recente namorada de Rube, Octavia, com suas ideias brilhantes e olhos verde-mar. Cameron e Rube sempre foram leais um com o outro, mas isso é colocado à prova quando Cam se apaixona por Octavia. Mas por que alguém como ela se interessaria por um perdedor como ele? Octavia, porém, sabe que Cameron é mais interessante do que pensa. Talvez ele tenha algo a dizer, e talvez suas palavras mudem tudo: as vitórias, os amores, as derrotas, a família Wolfe e até ele mesmo.
O livro nos narra a história de Cameron Wolfe, o mais novo de dois irmãos e uma irmã. Cam é muito solitário, passa grande parte do seu tempo vagando pela cidade na companhia de um cachorro imaginário, ele é um típico adolescente tímido que se considera o fiasco de sua família, pois não possui aparentemente talento algum, nem com esportes, muito menos com garotas.
“Você é a primeira pessoa que eu realmente quis que me amasse.”
O protagonista tem maior contato com seu irmão do meio Rube, um conquistador nato, quando ele passa na rua chama atenção pela sua beleza e tem um charme capaz de envolver qualquer garota a primeira vista, ele fica com inúmeras garotas e quase toda semana leva pra casa uma garota diferente. Cam não concorda com esse comportamento do irmão, mas ignora naquela cumplicidade de irmãos. Cameron por sua vez, nunca teve relações amorosas com garotas e expressa tal desejo através das metáforas poéticas que escreve e são expostas entre cada capítulo do livro. Ele tem como sonho se apaixonar e ser correspondido. Até que um dia, Rube leva pra casa uma garota diferente das demais, Octavia Ash, a garota que fará Cameron tomar outras atitudes na sua vida, faz com Cameron veja a vida de outra maneira.
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“Acho que, quando alguém lhe conta uma coisa que costuma guardar, você se sente privilegiado, não por saber algo que ninguém sabe, mas por se sentir escolhido.”
Octavia é inteligente e tem muito senso de humor, uma garota bem diferente, repleta de traumas, timidez, e uma bipolaridade suave. Ela é diferente de muitas “mocinhas” que li, mas ainda assim adorável. É muito interessante ver a forma como ela se relaciona com Cameron, o que me fez admirá-la ainda mais, ela utiliza as diferenças dele para se tornar mais perto, é de uma beleza radiante, tanto que Cam se apaixona por ela.
Embora Cam goste muito de Rube, a ideia de ela estar envolvida com seu irmão não lhe agrada muito, pois ele sabe que Rube pode magoá-la a qualquer momento. Mas é também por esse detalhe que ele se mantém esperançoso de um dia tê-la ao seu lado. Quando acontece de que Rube termina o tal “namoro” com Octavia, Cam vê algumas possibilidades a seu favor. Inclusive certa simpatia por parte de Octavia, uma das poucas pessoas que se preocupa de fato em conhecer o “verdadeiro” Cam, ela enxerga sentimentos em Cameron que mais ninguém conseguiu ver. Cam também resolveu nos contar mais sobre sua relação com Steve, seu irmão mais velho.
Embora Cam goste muito de Rube, a ideia de ela estar envolvida com seu irmão não lhe agrada muito, pois ele sabe que Rube pode magoá-la a qualquer momento. Mas é também por esse detalhe que ele se mantém esperançoso de um dia tê-la ao seu lado. Quando acontece de que Rube termina o tal “namoro” com Octavia, Cam vê algumas possibilidades a seu favor. Inclusive certa simpatia por parte de Octavia, uma das poucas pessoas que se preocupa de fato em conhecer o “verdadeiro” Cam, ela enxerga sentimentos em Cameron que mais ninguém conseguiu ver. Cam também resolveu nos contar mais sobre sua relação com Steve, seu irmão mais velho.
"Acho que é isso que todos nós desejamos, de vez em quando. Estar bem. Estar legal. Era a imagem de olhar dentro de um espelho e não desejar nada, não precisar de nada, porque estava tudo ali…"
O livro é bem curtinho, dá pra ler em um dia e se distrair, mas acabamos pensando bastante sobre o Cameron, e todo o resto também. A escrita de Markus Zusak me agradou bastante, objetivos e alguns trechos de prosa em forma de poesia. Facilitando tanto a compreensão quanto a leitura. Vale ressaltar que são livros independentes, o que muda em cada um é apenas o enfoque. Nesse por exemplo, nota-se que não são revelados muitos detalhes de alguns personagens, como Sarah (irmã de Cameron) e os pais de Cam. Pretendo ler os dois primeiros para conhecê-los melhor, principalmente Sarah, que me despertou simpatia.
Mas o que torna o livro extremamente belo e apaixonante é o modo como Cam se expõe para o amor. Os relatos de seu envolvimento com a primeira namorada são lindos, detalhados e intensos. Aquele tipo de história de amor que dá um apertinho no peito ao ler e que deixa os olhos marejados, não por ser triste, mas por ser descrita de modo infinitamente belo, profundo e singelo. O livro conseguiu me emocionar com algumas partes e até vibrar quando Cameron conseguia abandonar sua timidez e deixar Octavia sem palavras. Cam ganhou meu coração em A GAROTA QUE EU QUERO. Ele se mostrou um rapaz de grande caráter, bom de coração, sincero em seus sentimentos, profundo em suas angústias e perfeito em suas palavras. Ele é aquele garoto que ama a família, que realmente é capaz de amar verdadeiramente alguém. Durante a leitura perceberemos o quanto Cam amadureceu, ficou mais intenso em suas palavras, pensamentos e atitudes. Dificilmente irei esquecer Cameron dizendo ao seu irmão Steve: “eu tenho fome. No fundo, isso diz muito sobre a maioria dos adolescentes. A busca por uma identidade, por um espaço, a fome de “ser alguém” Quem ainda não teve a oportunidade de ler essa trilogia, pode correr para ler sem medo, mas prepare o coração para morrer de uma verdadeira paixão por A GAROTA QUE EU QUERO. Tenho certeza que muitas leitoras vão sentir vontade de ser a Garota que Cam quer.
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