eu sou a pessoa mais feliz desse mundo, porque eu tenho a Ti, Jesus. a Tua alegria invade meu ser todos os dias, trazendo consigo a tua paz, a qual me faz entender que mesmo que não tenha nada, não importa, eu tenho o Senhor. e daí que tudo esteja dando errado? um total caos? não importa, eu tenho a Ti, e isso significa que tenho tudo, Tu és o meu tudo, Jesus.

como é bom sentir tua presença, como é bom chorar na tua presença, e confirmar pelas tantas vezes possíveis, que não há outro lugar, não há outra presença, nem outra pessoa, sempre será sobre Ti, Jesus, pra Ti, Jesus. pois é a tua Presença que me sustenta de pé, me anima, me encoraja, me faz flutuar, voar mesmo sem ter asas.

como viver uma vida sem Ti? só de pensar nessa possibilidade, eu choro com uma dor tão grande na alma, pois meu amado, eu nasci pra te adorar, pra te servir, fui destinada a te amar pra sempre. nada seria sem Ti, Jesus, e tudo que sou é pra Ti, meu amado Jesus... ♥

fazia muito tempo que eu não me via em uma situação como esta. e confesso que antes doía muito, me custava entender que Deus me queria separada de muita gente e de algumas situações, sabe?! atualmente nem é tão surpreendente, nem doloroso, porém é de abrir os nossos olhos e nos alertamos: será que estou sendo uma amiga sincera sozinha? será que tenho me doado a este relacionamento sozinha?

acredito que umas das melhores qualidades do meu temperamento é ser observadora, justa e coerente com meus sentimentos. há alguns longos meses venho observado tanta coisa ao meu redor, e que nós últimos dias só me fez ter a certeza que realmente amizades de verdade eu tenho poucas, e que já deu ser tão besta. o que é bom, sabe?! não quero quantidade, quero qualidade, quero amar, servir a pessoa e ela na mesma medida, nada de exagero de uma parte só... e foi aí que percebi o meu doar demais e recebendo nem a metade.

sabemos que quaisquer relacionamentos no fundo têm algum interesse, e hoje em dia está mais evidente ainda que só servirmos até o momento que temos utilidade, e depois somos apenas amassados e jogados fora como um copo descartável. a ingratidão, falta de consideração e reciprocidade é a pior coisa que alguém pode fazer com o outro, e sinceramente, eu não consigo lidar com pessoas assim, com atitudes assim, eu simplesmente me afasto, fico indiferente, não vejo verdade, nem amor, apenas um gostar de estar perto.

eu sou assim, justa. não consigo ser a mesma com alguém que só me procura quando precisa, que quer minha companhia só pra rir atoa ou falar de terceiros, que me descarta quando a outra turma favorita aparece, tão pouco quando me exclui de momentos importantes e nem tão importantes assim. não nasci pra assistir tudo isso e ficar numa boa, enquanto eu faço o contrário. já basta! suportei muito já!

eu prezo muito pela reciprocidade, porém é muita falta de consideração, e ingratidão que a gente recebe, e têm horas que o saco enche e explode, e é o meu caso. sorte de quem me tem 100% de mim, do contrário, eu só lamento. o bom de tudo isso, é que me faz crescer, amadurecer e compreender que nem todos que estão com a gente, estão de fato com a gente.

quem me conhece desde muito tempo lembra do quão eu era tímida, travada, envergonhada e odiava ser o centro das atenções (estudando entendi que era meu temperamento melancólico tomando conta) porém havia outras coisinhas: eu não me permitia ser usada por Ele, e foi aí que o espiritual sobressaiu tudo, e o diabo se aproveitou disto.

até meus 10 anos eu cantava com minha alma, na coreografia eu dava o máximo de mim, dirigia até culto infantil com minha titia/pro na época @mydi_samuel hihi, porém o tempo foi passando, a pré adolescência havia chegado, trazendo consigo o complexo de inferioridade, a comparação, a baixa autoestima e a rebeldia (assunto pra outra hora).

por muito tempo odiava minha voz, e a minha classificação vocal (contralto), eu não explorava minha voz, nem a estudava, ouvi-la por aí era meu martírio, achava chata, nojenta e nem tentava cantar de verdade e explorar meus agudos (que na época achava que nunca conseguiria fazer - a comparação me matava…) lembro de gostar de cantar, mas odiava ter que na frente ou ser tão exporta no grupo pra isso, consequentemente louvava com a cabeça baixa, tentando me esconder, com minhas mãos ou com pastas, não conseguia de jeito nenhum fechar meus olhos e sentir o louvor falar comigo, e tão pouco entender o que Deus estava falando através do louvor, eu simplesmente só cantava mesmo, não pensava em nada, por muitas vezes lutava comigo mesma pra sentir algo, pra me entregar mais…

eu não conseguia glorificar, me sentia estranha na igreja por não sentir nada, não permitia e quando queria, sentia algo não deixando, não entendia o que era aquela presença que aquele povo tanto manifestava na igreja, um peixe fora d'água era como me considerava, não me via no meio pentecostal. tinha vergonha de me entregar no louvor ou em tudo que fazia na igreja, o pensamento de o que os outros iriam pensar, no quão as pessoas iriam rir de mim sempre se exibia pra mim nesses momentos, eu me alto criticava, me colava pra baixo, me sabotava o tempo todo, tinha tantos medos, e sempre dizia que meu maior defeito era a insegurança. não escondia de ninguém que nunca seria líder de nada e ninguém, pra mim ajudar na limpeza da igreja ou nos bastidores das ornamentações era o suficiente... eu amava estar servindo sem ninguém me enxergar.

Jesus permitiu eu passar por muita coisa pra chegar aos meus 16 anos e começar estabelecer um relacionamento de verdade com Ele e querer de verdade o conhecer e sentir a presença que muitos diziam experimentar... e a minha luta começou aí, orava constantemente pra Jesus me libertar de todas as amarras que o diabo havia me posto, precisava ser liberta da depressão, do ódio do meu pai, da dependência emocional, da carência, da rebeldia com minha mãe, e de tantas outras coisas que eu sofria sozinha, nunca contava pra ninguém..

chorava por libertação, dizia que era uma trancafiavel presa no seu casulo, e só queria ser livre como uma borboleta. eu era triste, inventava uma alegria que não existia, usava uma máscara na frente dos meus amigos e familiares, e no meu quarto eu lutava com meus medos e inseguranças. odiava tudo em mim, e não conseguia nem me olhar no espelho, achava que não tinha talentos, não via valores em mim, e achava que Deus nunca iria me usar pra nada, me sentia uma inútil, me perguntava qual foi propósito dEle ter me salvo daquele aborto... antes não queria permitir sentir nada, no entanto, naqueles momentos eu chorava dizendo "eis-me aqui, Senhor" eu só queria ser usada por Ele, quando mergulhava na palavra, comecei a entender tanta coisa...

orei por 5 anos por tudo que vivo nos últimos anos, lutei com a ajuda dEle pra me perdoar, pra perdoar outros, guerreei com meu temperamento, com o próprio diabo e suas acusações, com o meu próprio eu, meus desejos, e pecados, tive que renunciar tanta coisa... mas não importava, eu só queria ser livre, salva, restaurada, transformada, feliz e amada, e meu Pai me deu tudo isso e bem mais um pouco... foram tantos processos, provas, uma jornada longa que me doía muitas vezes, minha alma chorava com tudo que eu passava, precisava amadurecer e depender somente dEle. Ele é o meu suficiente, o meu Pai presente, minha real felicidade, não há vozes do inimigo, não há medos, não há preocupações, nem dores... faz muito tempo que vivo essa plenitude em Cristo, é a melhor coisa do mundo estar na presença dEle, eu amo ser dependente dEle, sei qual o meu propósito aqui, e amo o servir na sua casa e em qualquer lugar que Ele me envie. o que eu mais odiava é o que mais amo fazer hoje: cantar com toda minha alma pra Ele, entregar o meu melhor em todas as oportunidades que tenho, glorificar com tudo de mim, até pregar se for preciso, chorar (não conseguia tbm) na presença dEle, servir com todo o amor do mundo em todos os cargos que tenho. os cargos que não queria é o que sirvo hoje. só Ele pra fazer isso: usar uma tímida rebelde pra liderar crianças e jovens, pra contar com alguém que odiava público para reger grupos, ser professora da EBD, secretaria e da mídia. dá pra entender? não dá porque só Ele pra fazer isso. só sei que foi o que Ele fez comigo, e Ele pode fazer o mesmo com você. não tinha identidade, não me conhecia e tão pouco a Deus, eu estava perdida em mim mesma e Ele me salvou, me resgatou quando achei que não tinha mais jeito pra mim. eu não pedi por cargos, nem pra ser exposta, eu só queria ser usada, só queria senti-lo de verdade, nunca busquei por palcos, nem aplausos, só ansiava a presença dEle, e é o que importa pra mim... é a presença dEle que me move, me sustenta, que me faz continuar, que ouviu a minha oração e me transformou, viu disponibilidade em mim e decidiu me usar, mesmo não merecendo, mesmo sendo tão pequena, cheia de caco, suja e frágil. Ele não desistiu de mim, não me abandonou, me limpou, me amou. e hoje eu vivo uma grande parte do comprimento do que um dia Ele me prometeu... não que eu buscasse por isso, porque não importa, eu só quero adora-lo com todo o meu ser por toda minha vida.
não é sobre que Ele faz mas o que Ele é. como não O adorar? como não O querer mais e mais? Ele é meu tudo, e para sempre será meu prazer viver em seus caminhos, para sempre o amarei com toda a minha alma.
não é sobre que Ele faz mas o que Ele é. como não O adorar? como não O querer mais e mais? Ele é meu tudo, e para sempre será meu prazer viver em seus caminhos, para sempre o amarei com toda a minha alma.

Era uma tarde de terça-feira, maio havia acabado de chegar, trazendo consigo um dia nublado cheio de nostalgia e preguiça. Como toda tarde, eu e minha amada já estávamos postos juntinhos na varanda da nossa casa, vendo o tempo passar ao prosearmos e praticarmos nossos hobbies favoritos.

Avistando Angélica concentrada no seu bordado, a encarava sem vergonha, continuando a desenhar. Eram 50 anos de casados, e ela continuava tão linda, tão encantadora.

Usando um pijaminha vermelho com flores amarelas, que realçava sua pele branca, seus olhos e cabelos dourados, não quis me conter nas palavras:

 - Eu estou tão apaixonado por você novamente, meu benzinho - confessava todo manhoso, assistindo-a abrir um sorriso largo, e em seguida fixando os olhos em mim.

Meu anjo colocou uma de suas mãos em meu rosto e sussurrou um eu te amo, tão fofo, mas tão fofo que eu poderia morrer satisfeito naquele momento com aquela cena. Ela sabe como me derreter.

Dei um selinho demorado nela, me declarando de volta em gestos, sentindo as mesmas sensações de quando tinha acabado de a conhecer no auge dos meus 20 anos. Estávamos na nossa bolha de amor, e aproveitávamos cada instante juntos. 

Ali só existia nós e o nosso amor duradouro. Os nossos frutos já se encontravam grandes, frutificando em muitos lugares deste mundo. Não tínhamos muito no que nos preocuparmos, ao não ser nos amarmos a cada dia, para sempre.

Com a cabeça em meu ombro, e minha mão direita entrelaçada com a sua, nossas atenções achava-se agora em nosso jardim de lavandas e no céu cinza avisando que iria chover. Avistando de longe a casa dos nossos vizinhos, comentarmos de como era bom morar ali, de como tínhamos paz e sossego para vivermos nos últimos anos de nossas vidas.

De repente o vento soprou mais forte, e a chuva começou a fazer seu trabalho. Com a ajuda do meu cajado, levantei com certa dificuldade, peguei os utensílios dos nossos hobbies e guardei em nosso quarto, voltei indo ajudar Angélica a conduzir na cadeira de rodas. Entramos trancando a porta, sentindo que estávamos seguros dentro do nosso lar aconchegante. Fui fazer café para nós, escutando o mundo desabar por detrás da nossa porta.

Em poucos minutos que havíamos entrado, me desesperei assistindo a água invadir nossa moradia. Morávamos há 20 anos no sul do Brasil, nunca algo igual havia acontecido. Tentei me manter calmo para não desesperar minha Angélica, até que vi as rodas de sua cadeira rodeada de água, e veio tantos pensamentos ao mesmo tempo que quase não soube o que fazer, não percebendo que a água estava na minha canela.

O barulho dos trovões, do vento e da chuva caindo sem pudor lá fora me deixava aflito, que não me importava comigo, só queria a salvar daquele dilúvio. Indo em sua direção, por pouco quase desabei vendo Angélica começar a chorar, no entanto, respirei fundo a fazendo se acalmar. Me virando para ver da janela o nosso jardim, me assustei com tudo inundado. Meu coração doía, eu só queria gritar e fugir com ela dali, porém entendia que não tinha muito o que fazer...

Em milésimos de segundos aquela chuva também estava nos inundando, dentro da nossa própria casa. Assistindo nossos móveis, nossas fotos, tudo que a gente conquistou juntos se perder naquela água, entendi ao olhar dentro dos olhos em lágrimas da minha amada, que também havia aceitado o nosso fim. A levando para o nosso ninho de amor, nosso quarto, ali entendemos que tudo começou com nós e iria terminar com o nó.

Vendo meu lápis com meus desenhos sob a cama quase submergida, Angélica sugeriu que eu desenhasse, ela sabia que desenhar me acalmava. Decidi não desenhar, mas rabiscar algumas palavras com o apoio da parede, era uma oração no meio daquele caos.

Agradeci por tudo que vivi, pelos meus filhos, pelos meus netos, pela minha amada, pela minha vida. Estava pronto, eu tinha tudo, fui feliz, amei e fui amado, aproveitei todos os momentos que Ele havia me concedido. Não tinha mais o que fazer, a hora havia chegado. Me encontrava com ela, minha Angélica, o amor da minha vida. Não havia como parar tudo aquilo, era inevitável, o fim se aproximava. E finalmente iria ver Ele.

Algumas lágrimas se exibiram, no mesmo compasso que deixei meu lápis e aquele papel cair sob a água que já estava nos alagando. Eu poderia sair daqui para pedir ajuda, poderia tentar nadar, mas como poderia a deixar sozinha com companhia de sua cadeira de rodas? Não havia chances disso.

Abraçados em um enlace forte no canto da parede, Angélica orava pedindo para aquilo parar, ela clamava, fazendo meu peito rachar em pequenos pedaços. Estava tão agoniante, agonizante, eu compreendia o que ela sentia, e foi quando algumas declarações de amor foram feitas ali naquele quarto, pela última vez. O amor dela esquentava meu coração. Mesmo em meio aquele caos. Nós nos amávamos mais que tudo. Eu tinha ela, eu tinha tudo. E ali nós partimos juntos, para o nosso lar eterno, não só inundados pela água da chuva, mas inundados de amor.

(texto narrativo para um trabalho que escrevi me inspirando na tragedia que está acontecendo no Sul do Brasil... por favor, não deixem de orar, e ajudar de alguma forma... :( Ele está no controle de tudo... )

mas a real é que aprendi a lidar com as tristezas da vida, do dia-a-dia, tentando não focar nos problemas, e entregando tudo nas mãos de Deus, confiando que Ele vai fazer... no final, mesmo se o problema existir, eu prefiro ser feliz, mesmo entendendo que haverá dias em que tudo bem sentir que não estou bem... não deixando isso por muito tempo me dominar, com ajuda do Espírito Santo, pego a tristeza e transformo ela em alegria, e partiu!

porém, não se sinta a pior pessoa por simplesmente não está bem, tudo bem viver dias de caos, só não permaneça nele. confie que haverá dias melhores! e lembre-se, você é um ser humano, não um robô! você tem sentimentos, apenas sinta eles! (no caso, da tristeza, com moderação 😂) 🌹